Sindicato de servidores da Polícia Civil denuncia falta de segurança em delegacias de MG

  • 12/11/2025
(Foto: Reprodução)
Justiça mantém prisão de servidora investigada por desvio de armas O sindicato que representa servidores da Polícia Civil de Minas Gerais denuncia falta de segurança em delegacias que armazenam armas, drogas e outros materiais apreendidos. Segundo a entidade, a situação já foi informada às autoridades da Segurança Pública, ao Ministério Público e à Justiça. A discussão ganhou força após a prisão da funcionária pública Vanessa de Lima Figueiredo, suspeita de participar do desvio de 220 armamentos da 1ª Delegacia do Barreiro, na Região Oeste de Belo Horizonte. Ela está presa desde o último domingo (9). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp De acordo com fontes ligadas ao caso, câmeras de segurança flagraram a servidora furtando armas da unidade policial. As investigações apontam que parte do material extraviado foi vendido para facções criminosas, como o Terceiro Comando Puro (TCP) e outras organizações (leia detalhes sobre o caso mais abaixo). Denúncia do sindicato Em uma decisão judicial de 2021 obtida pela TV Globo, um juiz destacou que "a maioria dos cartórios das delegacias não possui local adequado para armazenamento dos objetos apreendidos em inquéritos policiais", que ficam "jogados nos corredores, sem a necessária segurança, podendo ser furtados e perdidos". Uma lei nacional de 2019 criou as cadeias de custódia, ou seja, espaços exclusivos para armazenar com segurança itens alvos de apreensões. Conforme o Sindpol, a Polícia Civil publicou uma resolução em fevereiro de 2021 com as diretrizes para atuação dos servidores nesses locais, mas pouco foi feito. "Esses materiais ficam dentro das delegacias, e os servidores ficam à mercê da criminalidade para invadir as unidades policiais", destacou Wemerson Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil no Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG). Ainda segundo o sindicato, a falta de locais seguros para guardar armas e drogas coloca em risco os servidores e a população. "A vida dos policias está em risco, a vida dos servidores e também da população que está ali no entorno. A gente tem sim que se preocupar com isso", afirmou Oliveira. Em nota, a Polícia Civil disse que tem adotado, desde 2020, todas as providências para adequação de suas rotinas operacionais aos novos parâmetros legais trazidos pela Lei 13.964/2019, incluindo a ampliação das Centrais de Cadeia de Custódia em Minas Gerais. "No interior do estado, pelo menos 60 cidades polos possuem estruturas de custódia, que já cumprem esse papel em todas as regiões de Minas Gerais, atuando na salvaguarda de vestígios criminais, incluindo armas, em conformidade à Lei nº 13.964/2019", completou a instituição.  Desvio de armas Servidora é presa suspeita de desviar mais de 200 armas de delegacia no Barreiro A Polícia Civil de Minas Gerais descobriu o desvio de cerca de 220 armas de fogo que estavam sob guarda da instituição após um suspeito ser flagrado portando um armamento que já havia sido apreendido anteriormente. O material estava armazenado na 1ª Delegacia do Barreiro, no bairro Jardinópolis, em Belo Horizonte. A servidora Vanessa de Lima Figueiredo, suspeita de participar do crime, foi presa no último domingo (9). Ela tem 44 anos e trabalhava como analista da Polícia Civil desde julho de 2014. ✅ Mande sua denúncia, reclamação ou sugestão para o g1 Minas e os telejornais da TV Globo De acordo com a investigação, Vanessa foi flagrada por câmeras de segurança retirando armamentos do local. As imagens, segundo as fontes, estão sob análise da Corregedoria, mas não foram divulgadas. Ela ainda teria comprado dois carros de luxo e feito procedimentos estéticos com o dinheiro obtido no esquema criminoso. Nesta terça-feira (11), a Justiça decidiu manter a prisão dela. Segundo a polícia, as armas haviam sido apreendidas em ocorrências diversas e foram subtraídas aos poucos ao longo dos últimos meses. Parte delas foi vendida para facções criminosas, como o Terceiro Comando Puro (TCP) e outras organizações da capital mineira e região. 🔎 O TCP é uma facção criminosa que surgiu no Rio de Janeiro como uma dissidência do Comando Vermelho, após disputas internas. Em BH, a organização tem forte atuação na Cabana do Pai Tomás, comunidade vizinha à delegacia onde os furtos aconteceram. A Polícia Civil também informou que a investigação da Corregedoria sobre o caso está em "estágio avançado" e que se tratam de armas de baixo calibre e algumas até obsoletas. Vanessa de Lima Figueiredo Reprodução O que diz a defesa da suspeita? Em entrevista à TV Globo, a defesa da investigada disse que a medida cautelar de prisão foi desproporcional e que nada de ilícito foi encontrado durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. "A defesa vai pleitear a liberdade provisória da Vanessa, porque entende não haver qualquer indício concreto no inquérito policial, completamente premeditado, que possa ensejar de fato essa prisão preventiva", afirmou o advogado Lucas Furtado. Sobre as imagens, ele sustentou que os vídeos não mostram nenhum armamento com a servidora. LEIA MAIS: Servidora suspeita de envolvimento no desvio de 220 armas de delegacia de MG é presa Polícia Civil de MG apura possível esquema de desvio de 220 armas por servidores em delegacia de BH Investigação aponta que servidora desviava armas de delegacia de BH para vender ao Terceiro Comando Puro e a outras facções Polícia descobriu sumiço de 220 armas em MG ao flagrar suspeito com armamento que deveria estar apreendido na instituição Vídeos mais vistos no g1 Minas:

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/11/12/sindicato-de-servidores-da-policia-civil-denuncia-falta-de-seguranca-em-delegacias-de-mg.ghtml


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